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Vencedor de torneio de 'Fifa' sonha ser jogador de futebol

30 nov 2012 - 07h23
(atualizado às 07h30)
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O estudante Gustavo Nascimento recebe troféu de campeão da Copa Playstation Fifa, realizada em São Paulo, na quinta-feira
O estudante Gustavo Nascimento recebe troféu de campeão da Copa Playstation Fifa, realizada em São Paulo, na quinta-feira
Foto: David Shalom / Terra
Com a aproximação da Copa do Mundo 2014, começam aos poucos a proliferar eventos ligados ao torneio. Patrocinadora do Mundial, que ocorre no Brasil daqui a menos de dois anos, a Sony promoveu, nesta quinta-feira (29), no Hotel Pulmann, em São Paulo, a final da primeira Copa Latino-Americana Playstation Fifa, recebendo 16 participantes de diversos países da região. Envolvendo jovens de Honduras, El Salvador, México, Argentina, Chile, Peru e Brasil, o campeonato foi vencido por um brasileiro, Gustavo Nascimento, desde 2010 dedicado ao game.
 
Para chegar ao nível atual, o jovem precisou de muito treino. Atualmente jogando uma média de 3, 4 horas por dia - "menor do que antigamente", garante -, Nascimento já participou de outros torneios do tipo, apesar da pouca idade. Neste ano, por exemplo, ele esteve em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para disputar o Mundial da categoria, fruto da conquista do Sul-Americano no ano passado. Mas o garoto não tem a intenção de ficar apenas focado no futebol virtual, no qual já provou ser bom. Ele quer ser jogador profissional de futebol na vida real.
 
"Estou correndo atrás disso", disse ao Terra o também meia-atacante nos campos distantes do mundo virtual. "Até pouco tempo atrás, eu jogava na equipe amadora da Portuguesa. Só que aí parei um um pouco. Ano que vem, no entanto, faço 17 anos, então vou dar um gás para conseguir realizar esse sonho, porque depois já não dá mais, estarei muito velho para isso."
 
Para conquistar o prêmio - ingressos para a final da Copa das Confederações de 2013, no Rio de Janeiro, incluindo passagem aérea e hospedagem -, Nascimento precisou superar um chileno, um peruano e dois mexicanos, sendo este último, o finalista Andrei Torres, terceiro colocado no campeonato mundial de Fifa ocorrido na França, no ano passado. Além disso, seu adversário faz parte de um grupo que reune os melhores jogadores de video-game do México, batizado de Team Quetzal, cujo nível de organização inclui site oficial, camisetas e até três patrocinadores.
 
"O propósito de nossa equipe é justamente nos especializar para usufruirmos dos prêmios", explicou Torres, 23 anos, estudante de psicologia com anos de experiência em games, que incluem, além da França, viagens para torneios em Los Angeles, Nova York e, dois anos atrás, em São Paulo. "Jogo Fifa desde os meus 5 anos de idade. Por isso, hoje, não fico na frente do game por mais de uma hora, não. É o tempo suficiente para me manter competitivo."
 
Fã confesso da vida noturna de São Paulo, ele, assim como fez Nascimento anteriormente, elogiou o finalista, de quem já conhecia há muito a reputação. "Eu esperava ganhar, mas sabia que ele era o adversário a ser batido, porque me falaram muito bem dele. Foram dois jogos muito difíceis e Gustavo conseguiu me superar principalmente por seu estilo de jogo mais ofensivo, superando minha pegada defensiva."
 
Companheiro de equipe de Torres, Irving Velazquez também enfrentou o brasileiro no torneio, na semifinal. E, claro, se deu mal: empate na primeira partida e derrota por 3 a 0 na segunda - o torneio foi dividido em jogos de ida e volta, sendo um disputado no Playstation 3 e o outro no PS Vita, console portátil da Sony. E, segundo ele, foi justamente o segundo que atrapalhou sua campanha. "As diferenças entre os dois aparelhos são imensas. É como jogar outro jogo", lamentou o jovem, estudante de direito na cidade de Querétaro, na área central do México, onde nasceu. "Soube ontem (quarta), quando cheguei ao Brasil, que haveria disputa no Vita. Nunca tinha segurado o console na mão. Para mim, a organização errou feio neste ponto."
 
Apesar da escolha dos times não ser pré-definida, com os gamers podendo inclusive trocar de equipe entre uma partida ou outra, curiosamente, mais da metade dos participantes optaram pelo espanhol Real Madrid. Isso inclui o grande campeão, que bateu o mexicano - que, por sua vez, escolheu o Brasil. "É por causa do Cristiano Ronaldo", explicou Nascimento. "Ele é, de longe, o melhor do Fifa. Não podia ter escolhido outro."
Fonte: Terra
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