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Pesquisa: consumidores não querem TVs e videogames em 3D

30 jul 2011 - 17h24
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Os consumidores americanos médios não estão interessados em televisores e videogames com capacidade de reproduzir imagens em 3D. É o que aponta a mais recente pesquisa de mercado feita pela empresa NPD, que constatou a dificuldade das empresas em desencalhar tais produtos das lojas.

No caso das TVs, o uso obrigatório dos óculos em 3D permanece um obstáculo entre os consumidores. Mas o cenário não é bom nem mesmo para os dispositivos que conseguem reproduzir tais imagens sem a ajuda de óculos especiais. A Nintendo, desenvolvedora do videogame portátil 3DS, já reduziu o preço de seu aparelho para US$ 170 (um corte de 32% no seu valor real). O motivo? Apenas 1,7 milhão de unidades vendidas em quase seis meses de comercialização, números baixíssimos se tratando de um console de última geração.

De acordo com especialistas em games, o problema não é apenas o 3D, mas a falta de títulos bons para a plataforma. Por conta disso, a Nintendo vem fazendo parceria com diversas produtoras de jogos para conseguir alcançar um público maior. O cenário deve melhorar com o lançamento de games como Pokémon (ainda sem previsão), Super Mario Bros. (para esse ano) e Luigi´s Mansion (para 2012). Outros jogos, como Metal Gear Solid: Snake Eater foram adiados porque há dificuldades das produtoras em desenvolver para o console.

No entanto, alguns usuários do 3DS relataram outros problemas, como náusea e ardor nos olhos após jogar o videogame por alguns minutos. Ainda segundo a pesquisa da NPD, a maior parte da população também não consegue enxergar imagens em três dimensões com 100% de perfeição.

A pesquisa segue paralela a outro estudo feito em junho por uma rede de cinemas americana, que dizia que o público se sente enganado ao pagar ingressos para assistir filmes em 3D. Ao contrário de Avatar, que foi todo produzido com a tecnologia (o que causou uma reação inédita graças à profundidade de imagem), a maior parte das produções de Hollywood é rodada com câmeras tradicionais e depois é convertida, o que prejudica a qualidade de reprodução. Filmes como Lanterna Verde e X-Men: Primeira Classe são prova deste cansaço já que mais de 60% dos ingressos foram comprados no formato convencional.

Para a NPD, a pesquisa prova que a indústria de entretenimento se precipitou ao anunciar que o 3D seria o formato definitivo nos próximos anos e indica que ela precisará fazer muitos ajustes para conseguir tirar tais produtos das lojas. Do contrário, o 3D terá a mesma trajetória do HD DVD, que afundou nas vendas e hoje é um formato morto.

Nintendo 3DS: apenas 1,7 milhão de unidades vendidas em pouco menos de seis meses
Nintendo 3DS: apenas 1,7 milhão de unidades vendidas em pouco menos de seis meses
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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