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L.A. Noire revoluciona gênero mas difere bastante de GTA

20 jun 2011 - 14h14
(atualizado em 10/4/2013 às 16h12)
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Renato S. Bueno

Disponível para PlayStation3 e Xbox 360,

Capa da edição de L.A. Noire lançada para o PlayStation 3
Capa da edição de L.A. Noire lançada para o PlayStation 3
Foto: Terra
L.A. Noire

é um game com temática de investigação na violenta, porém charmosa, Los Angeles dos anos 40. Publicado pela Rockstar em parceria com a desenvolvedora australiana Team Bondi, o jogo marca uso do MotionScan, uma tecnologia que, com a ajuda de diversas câmeras, captura as expressões faciais dos atores com riqueza de detalhes.

Fortemente influenciado pelo cinema Noir, a ambientação e a cidade de L.A. Noire são incríveis, desde as casas, dos carros e bondes até as roupas detalhadas e elegantes da década de 1940, tudo foi cuidadosamente trabalhado para o jogo.

Jogabilidade diferente de GTA

L.A. Noire surpreende quem espera que o game seja similar à série Grand Theft Auto (GTA), com mundo aberto e tiroteio á todo instante. Pelo contrário, o jogador irá controlar Cole Phelps, policial e ex-combatente da Segunda Guerra com um faro apurado para crimes.

O game é focado na investigação das cenas do crime e dos locais que podem ter relação com o mesmo, alguns objetos encontrados indicam novas pistas e possíveis suspeitos, levando o protagonista a investigar e interrogar diversos personagens.

É aí que a MotionScam faz a diferença. É preciso prestar atenção nas expressões faciais e no olhar dos suspeitos para dizer se os mesmos estão realmente falando a verdade, se estão em dúvida ou poderá utilizar uma das evidências coletadas para acusar uma possível mentira. A cada erro o jogador pode perder informações importantes relacionadas ao crime.

O jogador iniciará L.A. Noire sendo apenas um policial de rua, desacreditado por seus superiores, mas com bastante dedicação ao seu trabalho. À medida que os crimes vão sendo desvendados, Phelps ganha a chance de atuar em outros departamentos. O jogador também acumula pontos de experiência que são recompensados com novos trajes e pontos de intuição, que nada mais é que uma ajuda para os momentos de dúvida que podem vir a surgir durante as investigações e interrogatórios.

Missões alternativas

L.A. Noire não se limita apenas em investigação, há também missões paralelas que foram muito bem incluídas no jogo de forma a não atrapalhar nos casos principais, chegando ao protagonista pelo rádio disponível na viatura policial.

Dentro destas missões o foco na investigação é deixado de lado para a entrada da ação e adrenalina de perseguir e atirar nos suspeitos de determinados crimes, tudo embalado com uma trilha sonora empolgante e das diversas reações dos civis que, ora servem de reféns para um suspeito, noutra indicam para que lado o criminoso fugiu.

Rico em detalhes

Mais uma vez os detalhes são peça fundamental para o desenvolvimento do jogo isso é notável, mas é incrível prestar atenção nos detalhes visuais e sonoros da recriação da Los Angeles dos anos 40. As rádios locais são fiéis a época, sendo embaladas pelo jazz, blues e pelos noticiários característicos da época.

Já o visual é impecável, desde as propagandas espalhadas pela cidade até os pequenos prédios, casas, comércios e principalmente, o figurino de todos os personagens contidos no game.

O menu principal do jogo ainda conta com a adição da seção "Cases" que nada mais são que os casos já resolvidos pelo jogador e que podem ser jogados novamente á qualquer momento. Nos "Extras" ainda conta com um belo showroom dos veículos que já foram utilizados por Phelps no jogo.

L.A. Noire é um dos títulos mais aguardados deste semestre que definitivamente não fez feio com os fãs dos jogos da Rockstar. A nova forma de jogar exige da intuição, da observação e da concentração do jogador nas expressões faciais dos suspeitos e ao enredo dos crimes. As missões são dadas ao jogador de uma forma que é difícil querer parar, ainda mais com a possibilidade de retornar ao menu principal e jogar determinados casos novamente.

O ambiente do jogo é incrível, a reconstrução de Los Angeles dos anos 40 foi feita nos mínimos detalhes, realmente de encher os olhos. O jogador facilmente se verá focado em cada caso afim de conseguir interpretar as mais diferentes expressões e olhares dos personagens.

Alguns jogadores podem estranhar o jogo devido ao seu ritmo lento mais focado no suspense e na investigação do que na ação e no tiroteio em si, mas acredito que no caso de L.A. Noire apenas mais algumas vezes visitando a incrível recriação de Los Angeles de 1940 já fará com que o jogador entre no ritmo do game e encarne o detetive Cole Phelps em si.

Pontos Negativos

Apesar de ser um game cheio de belos detalhes, L.A. Noire não pode ser considerado um jogo perfeito. Um destes erros é a diferença que pode ser notada com relação ao corpo dos personagens, ao observar o movimento do rosto e pescoço dos atores em conjunto com a atuação corporal, é possível sentir alguns movimentos meio robóticos e estranhos, a impressão que passa às vezes é que o corpo está em um ritmo diferente da movimentação frenética do rosto dos personagens.

A aposta da Rockstar em uma jogabilidade de investigação e suspense policial torna o jogo um pouco lento e repetitivo no começo. Diferente de outros títulos como GTA e Red Dead Redemption, em L.A. Noire o roteiro central do jogo demora um pouco até engrenar. Jogadores acostumados a tiroteios e caos terão de aprender a se conter, pois, sendo um policial, Phelps deve tomar extremo cuidado para não ferir inocentes, além de ter que pagar por danos causados á cidade e aos veículos utilizados.

Um dos destaques negativos certamente é a ausência de legendas em português, em um jogo onde se deve focar nas ações dos personagens e em seus relatos. Aqueles com um pouco mais de dificuldade no inglês pode se perder tentando lembrar a tradução de determinada frase e esquecer do game em si, podendo ocasionar em perder um pouco da diversão.

Fonte: Terra
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