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Empresa cria método contra o vício em jogos online

14 de março de 2007 13h19 atualizado às 13h25

A coreana Xtive anunciou ter desenvolvido um novo método contra o vício em jogos online, que pode prevenir o uso obsessivo através de uma seqüência de sons inaudível.

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De acordo com o site "The Korea Times", as mensagens são passadas subliminarmente. "Incorporamos mensagens em ondas sonoras dizendo aos jogadores para parar de jogar. As mensagens são ditas de 10.000 a 20.000 vezes por segundo", explicou Yun Yun-hae, presidente da Xtive.

Para Yun, mesmo que os jogadores não possam reconhecer o som, o subconsciente assimila as informações e as chances de que eles parem de jogar é alta. "Testes nos mostraram que os sons funcionam", afirmou o presidente da empresa que já vem trabalhando no assunto há um ano.

O crescente vício em jogos online se tornou um problema social em inúmeros países, principalmente no Oriente, onde jogadores chegaram a morrer após longos períodos de jogo. Especialistas coreanos afirmam que entre 10% e 20% de todos os estudantes de nível médio do país precisam de tratamento, enquanto muitos acham conservadora esta estimativa.

Yun acredita que as experiências já tenham demonstrado que crianças e adolescentes não param de jogar simplesmente através de medidas forçadas, que podem, além de tudo, trazer efeitos colaterais. As mensagens em áudio seriam uma forma de tornar mais eficientes estas intervenções.

A intenção da Xtive é comercializar o fonograma antivício junto ao governo e a fabricantes de jogos. "Companhias de jogos podem instalar um sistema que reproduz sons inaudíveis após descobrir que um jovem usuário passou mais tempo jogando depois de um tempo predeterminado", afirmou Yun, que registrou uma patente doméstica do fonograma e já pretende expandi-la a outros setores. "Nós podemos facilmente mudar as mensagens. Neste sentido, o potencial para esta tecnologia é exponencial".

Resta saber se, de fato, as companhias produtoras de jogos aceitarão inserir tais mensagens subliminares em seus títulos, já que tal iniciativa iria diametralmente contra a motivação das mesmas empresas, qual seja, a de que se jogue cada vez mais.

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