Como já é costume, a criadora do célebre "GameBoy" lançará o console nos Estados Unidos vários dias antes de fazê-lo no Japão, em 2 de dezembro, e na Europa, seis dias mais tarde.
O "Wii", de cor branca, chega ao mercado quase ao mesmo tempo em que o PlayStation 3 (PS3), da Sony, de alta definição, destinado principalmente aos grandes apaixonados dos videogames e aos adeptos da tecnologia de ponta.
Porém, a Nintendo, cuja filosofia consiste em levar produtos lúdicos ao alcance de todos, em particular as crianças, reservou o "Wii" a um público radicalmente distinto.
A primeira diferença relevante é o preço: o "Wii" será vendido por 249 euros na Europa e 249,99 dólares nos Estados Unidos, quase metade que a versão básica do console da Sony.
"O Wii é um brinquedo, enquanto o PlayStation 3 é um centro multimídia para os amantes do grafismo", afirma Hirokazu Hamamura, diretor da Enterbrain, uma empresa nipônica de estudos de marketing.
Com o "Wii", a empresa de Kioto ambiciona levar o videogame a um público a priori reticente, como as mulheres ou os idosos.
"Em inglês, "Wii" se pronuncia "We" (nós), o que significa que é um console que se dirige a todos", explica o presidente da Nintendo, Satoru Iwata.
Segundo Iwata, "os jogos lançados recentemente para os consoles são tão complexos que não é possível jogar em família, mas o Wii acabará com esta tendência".
Este objetivo já foi conquistado pela Nintendo com os consoles portáteis DS e DS Lite, dos quais foram vendidos 27 milhões de unidades em todo o planeta.
"O DS demonstrou que, com uma boa interface e bons programas, é possível atrair um público novo. Isto abriu os olhos das pessoas", afirma David Gibson, analista da Macquaire Securities.
O êxito do DS Lite é tamanho que a Nintendo enfrenta agora uma produção insuficiente. Desde seu lançamento em março no Japão, as lojas especializadas exibem o cartaz de "produto esgotado".
Para o "Wii", a Nintendo adotou a mesma estratégia que para seus consoles portáteis baseada em uma diversidade dos jogos e na simplicidade ergonômica.
"De modo geral, os pais não gostam dos videogames. Queremos que agora digam: já que o Wii, joguemos juntos", explica o porta-voz do Nintendo, Yasuhiro Minagawa.
Além disso, o aparelho foi equipado com uma conexão a internet que permite acessar os primeiros jogos criados pelo fabricante, assim como obter informações adicionais.
A Nintendo espera vender quatro milhões de consoles "Wii" no mundo até o final de 2006 e seis milhões até março de 2007.
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