inclusão de arquivo javascript

Games
 
 

TGS abre com guerra da nova geração de videogames

22 de setembro de 2006 13h31 atualizado às 16h17

Garota joga o seu portátil no Tokyo Game Show 2006. Foto: Divulgação

Garota joga o seu portátil no Tokyo Game Show 2006
Foto: Divulgação

O Tokyo Game Show, maior feira de videogames do mundo, começou hoje em meio à batalha que Sony, Microsoft e Nintendo travam para ter o controle do mercado. Um montante avaliado em US$ 30 bilhões que não pára de crescer durante o evento em Tóquio que, em sua décima edição, conta com um número recorde de empresas expositoras (148) e espera uma visitação sem precedentes, superior às 176 mil pessoas do ano passado.

Teoricamente, o primeiro dia da Tokyo Game Show é o mais tranqüilo por ser dedicado aos profissionais do setor e à imprensa. No fim de semana a entrada é livre no centro de convenções Makuhari Messe, na província de Chiba, a leste de Tóquio. No entanto, a calma é relativa, já que hoje, logo depois que as portas do complexo se abriram, houve uma corrida de cinegrafistas ávidos por filmar as últimas novidades, diante do olhar do habitual exército de atendentes.

Ao mesmo tempo, um salão de conferências paralelo para os expositores ficou pequeno para a palestra de Ken Kutaragi, presidente da Sony Computer Entertainment, mais conhecido por ser o "pai" do PlayStation. Kutaragi desapontou as mais de mil pessoas, grande parte jornalistas, que queriam notícias sobre o esperado lançamento do PlayStation3 (PS3). O presidente da Sony informou depois que a empresa reduzirá em US$ 100 o preço de saída da versão de 20 gigas de seu novo videogame e o deixará em 49.980 ienes (US$ 427).

"As pessoas não paravam de repetir que era caro e assim não se pode criar o sonho para o qual o PS3 foi concebido", afirmou Kutaragi, segundo a agência "Kyodo". Com esta pequena concessão, a Sony continua ganhando espaço de seus grandes rivais, cujos equipamentos são consideravelmente mais acessíveis para os bolsos dos consumidores. O Xbox 360 da Microsoft é vendido no Japão desde 2 de novembro por 29.800 ienes (US$ 255) e o Wii da Nintendo será colocado à venda antes do Natal por 25 mil ienes (US$ 213).

A Sony tenta manter as expectativas de seus fãs em alta com o maior estande da Tokyo Game Show, na qual apresenta um conjunto com mais de 30 novos jogos para o PS3 e 200 videogames para que se possa testar os produtos. A Microsoft tenta superar as concorrentes japonesas, que têm 25% do mercado mundial, com novos títulos, como Xtreme 2, Riot Act, Dead Rising e, especialmente, Blue Dragon, jogo no qual a gigante de informática americana mais apostou, segundo confirmou Ken Yamazaki, diretor da divisão de Xbox no Japão.

A publicidade do Blue Dragon, que chegará às lojas japonesas em 7 de dezembro, é onipresente na feira, mas para testá-lo era necessário esperar uma hora. Durante o fim de semana, esse tempo pode triplicar. Já a Nintendo não participa da Tokyo Game Show porque considera que seu público é outro, mais familiar e menos "otaku", como os fanáticos por videogames são conhecidos. No entanto, seus equipamentos estão presentes nas mãos dos fabricantes de jogos.

A guerra das gigantes do videogame fica mais intensa conforme a temporada natalina se aproxima e com o lançamento do PS3, em 11 de novembro no Japão e seis dias depois nos Estados Unidos. Mas não chegará na Europa até março, em princípio, por um problema de fabricação de um dos componentes. Alfonso Asensio, um dos responsáveis pelo departamento internacional da SEGA, companhia provedora de jogos para videogames, considera que o mercado está tomando duas direções.

"De um lado, está a linha dos jogos que conhecemos hoje, como Xbox e PS, repletos de incrementos gráficos e tecnológicos. De outro, aparece o estilo da Nintendo, com controles mais intuitivos para jogadores ocasionais e com jogos mais populares", afirmou o analista. Asensio aposta no PS3 da Sony como vencedor da guerra, porque incorpora a nova geração de DVD com o formato Blue Ray e ainda conta com uma ampla base de mercado e uma grande gama de jogos.

EFE
EFE - Agência EFE - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.