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Console de videogame Wii conquista aposentados

23 de março de 2007 15h26 atualizado às 17h38

Console Wii conquista até os mais velhos. Foto: Reuters

Console Wii conquista até os mais velhos
Foto: Reuters

Até duas semanas atrás, Ruth Ebert não sentia interesse algum pelos videogames que sua única neta tanto aprecia.

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"Tenho 82 anos, e por isso perdi essa parte da cultura. Novelas, sim. Videogames, não", brincou Ebert, que recentemente começou a jogar um videogame de tênis usando o console Wii, da Nintendo, na casa de repouso em que vive, na Virgínia, Estados Unidos.

"É engraçado, porque normalmente eu não seria alguém que faz algo desse tipo", disse Ebert, enquanto apanhava o controle sensível a movimentos do Wii e desafiava a máquina para uma partida.

"Eu jogava tênis, se é que a descrição se aplica, quando estava no segundo grau. E me divertia muito", disse ela. Ebert manipulava o controle como se fosse uma raquete de tênis, e disse que jogar o videogame a fazia recordar as sensações que sentia tantos anos atrás.

Embora tenha saído em vantagem na quadra, o Wii terminou por derrotá-la. Mas perder doeu menos do que as derrotas reais na juventude. "Não ligo de perder para um videogame. O jogo não pode zombar de mim."

A Nintendo tem por missão expandir o mercado mundial de videogames, que movimenta 30 bilhões de dólares ao ano, para além das crianças e do público masculino, que formam o grosso de seu público.

E a empresa, que no passado estava em desvantagem no mercado de consoles e era mais conhecida por jogos divertidos e de alta qualidade protagonizados por personagens como o encanador Mario, causou abalos profundos no setor com o sucesso inesperado e aparentemente sem limites do Wii.

O console, vendido por 250 dólares, vem roubando todas as atenções, superando o Xbox 360, da Microsoft, e o PlayStation 3, da Sony, máquinas muito mais poderosas e caras do que o Wii.

Enquanto os rivais se concentravam em recursos gráficos de ponta e avanços tecnológicos, a Nintendo tomou por foco facilitar e tornar mais intuitivo o controle dos jogos, o que os faria mais atraentes nos mercados de massa. A aposta certamente deu resultado.

O Wii vendeu mais que os concorrentes da Microsoft e Sony em janeiro e fevereiro, e está causando sensação e atraindo todo tipo de consumidores, de freiras e pacientes de câncer a bebês.

"Eu acho ele (Wii) tremendo", disse Ted Campbell, 77. Na semana passada ele jogou no Wii pela primeira vez, num centro comunitário para aposentados de Springfield, na Virgínia, onde Ebert também é residente.

Os moradores do centro não decidiram ainda onde vão guardar o Wii, apesar de Ebert ter oferecido seu apartamento equipado com uma TV grande.

Reuters
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