Estudo diz que gamers têm mais chance de Alzheimer
Jogos de ação, como 'Call of Duty', podem diminuir massa cinzenta do cérebro responsável pela memória
Um estudo publicado pela The Royal Society nesta quarta-feira (20), e divulgado pelo jornal The Telegraph, afirma que crianças e jovens fãs de jogos de vídeo game de ação, como Call of Duty e Assassin’s Creed, podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. De acordo com os cientistas, tais programas estimulam o uso de uma área chave do cérebro chamada de núcleo caudado, o que leva à perda de massa cinzenta no hipocampo – responsável por controlar a memória, o aprendizado e a emoção.
Para chegar a tal conclusão, 26 praticantes do jogo e 33 não praticantes foram colocados em um labirinto virtual, decorado com árvores e montanhas, no qual eles precisavam recuperar objetos, e tiveram suas ondas cerebrais e oculares monitoradas. O resultado mostrou que os jogadores são duas vezes mais propensos a usar o núcleo caudado, enquanto os não jogadores tenderam ao uso do hipocampo para concluir a prova.
“Há mais de uma década, pesquisas mostram que os jogadores de vídeo game demonstram maior eficiência na capacidade visual, e nosso estudo veio para confirmar mais uma vez essa noção”, declarou o médico Georgy Ocidente, da Universidade de Montreal. “Desta vez, nós conseguimos detectar essa mudança de estratégia do uso do hipocampo para o núcleo caudado”, ressaltou ele a novidade do estudo.